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O Crime Financeiro tem vindo a aumentar em países em desenvolvimento, especialmente em África, comprometendo o crescimento económico e afectando negativamente o desenvolvimento desses países.
O Curso sobre Investigação de Crimes Financeiros foi ministrado no RTC entre 16 e 20 de Setembro de 2019, contando com a participação de 39 alunos do Gana. Os formandos que beneficiaram deste curso eram oriundos de várias instituições de aplicação da lei e de regulação financeira, e do Departamento do Procurador Geral. Instrutores da Agência Federal de Investigação (FBI) altamente qualificados partilharam os seus conhecimentos e experiência sobre as competências necessárias para reforçar as investigações relativas ao crime financeiro.
À medida que o sector financeiro se expande na África Ocidental, vão aparecendo produtos inovadores como serviços bancários em linha, comércio electrónico, etc. que complementam os serviços bancários tradicionais tais como as caixas multibanco, vulgo ATM, transferências de fundos e cheques. Apesar de se ter verificado uma grande expansão, os vigaristas estão constantemente a inventar novas formas e a delinear novas estratégias para desviar fundos. Crimes financeiros tais como roubo, fraude, chantagem e branqueamento de capitais prevalecem no sector bancário. Além disso, o aumento de transferências de dinheiro com recurso ao telemóvel está a suscitar problemas complexos aos agentes da aplicação da lei, pois a regulação deste sector é escassa ou não existente. De acordo com um relatório publicado em 2018, a África subsaariana regista a maior movimentação de dinheiro com recurso a telemóveis a nível mundial. A região é presentemente responsável por uns surpreendentes 45.6% da actividade de “dinheiro móvel” a nível mundial — uma estimativa de valor de transacções de pelo menos $26.8 mil milhões em 2018 (este número exclui operações bancárias). Tal facto representa um desafio para os agentes da lei, pois é difícil detectar o branqueamento de fundos para fins ilícitos.
Estar Alerta é estar Preparado
Existe a necessidade de fiscalizar a forma como os criminosos persuadem as suas vítimas a fornecer-lhes informações confidenciais e fundos. Esperamos que as seguintes indicações possam ser úteis ao leitores;
“Hoje em dia qualquer pessoa está potencialmente em risco de ser atingido pelo crime financeiro, e os efeitos desses ataques são muitas vezes psicologica e financeiramente traumáticos.”
Paul Stanfield, Director da INTERPOL para o Combate ao Crime Organizado e Emergente
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