Alumni in Focus

Ex-Alunos em Foco

Mohammed

Mohammed

Em destaque no nosso boletim deste mês um ex-aluno que participou no Programa Básico de Investigações de Crimes Informáticos e Electrónicos (BICEP) em Outubro de 2021. O BICEP foi a nossa primeira formação presencial no RTC desde o surto da Covid-19.  Ele partilhou as suas impressões sobre o curso e as medidas postas em prática pelo RTC para garantir a segurança do centro e durante o curso de formação. Desfrute da leitura!

 

Queira apresentar-se e falar-nos da sua carreira no sector da aplicação da lei.

 Sou o Mohamed. Trabalho como técnico de informática no Serviço Nacional de Informações (NIB). Desde há 12 anos que trabalho para o NIB. As minhas funções relacionam-se com análises forenses e investigações criminais.

 

Quais os principais aspectos que reteve do curso BICEP?

O que de principal retive do curso BICEP inclui questões como, introdução à zona de penumbra da Internet, cripto moedas, e o  exercício laboratorial de recolha de provas no local de um crime. O módulo Zona de Penumbra da Internet forneceu uma visão sobre a forma  como determinados criminosos preferem aceder a locais disponíveis nessa zona da Internet, recorrendo ao roteador TOR (ou Roteador Cebola) a fim de ocultarem as suas actividades criminosas. As aulas sobre criptomoedas elucidaram-se sobre o que deve ser tido em conta quando se investiga um caso envolvendo o uso de criptomoedas, como a Bitcoin, Ethereum, etc. O curso criou um ambiente de trabalho que permitiu a interacção e a partilha das melhores práticas com os instrutores dos Serviços de Segurança dos Estados Unidos e participantes do Gana, Benim e Togo.

Em sua opinião quais os principais desafios com que os investigadores deparam no âmbito de investigações de crimes cibernéticos?

 A minha experiência indica que os desafios enfrentados na investigação de crimes cibernéticos incluem ferramentas inadequadas e o conhecimento limitado que alguns investigadores possuem sobre essa matéria. Os investigadores que lidam com casos de cibercrime ou trabalham em laboratórios forenses precisam de obter formação básica e avançada em matéria de investigação de cibercrimes. Tive a oportunidade de frequentar uma série de cursos de formação sobre investigações de cibercrimes. Os cursos foram ministrados pelo RTC. Esta formação ajudou-me a melhorar a minha capacidade de lidar com casos de cibercrime. A par disso, os investigadores necessitam de estar familiarizados com ferramentas forenses e de ter acesso às mesmas. Com a ajuda destas ferramentas, poderão encerrar casos relacionados com o cibercrime.

 

Com base nos conhecimentos adquiridos neste curso, que conselhos daria aos agentes que investigam crimes cibernéticos?

O  meu conselho é que ao lidarem com casos de cibercrime, os agentes têm de se orientar pelos pormenores de que dispõem, especialmente quando recolhem provas electrónicas e analisam os locais de ocorrência de crimes desse tipo. Isto ajuda a preservar provas, o que poderá servir de auxílio às investigações que efectuam. Eles necessitam de recolher o máximo de provas possível, mesmo que aparentem ser insignificantes.

Como tenciona partilhar os conhecimentos adquiridos?

Após cada formação que recebemos no exterior, temos o dever de preparar um relatório e de partilhar os conhecimentos adquiridos com outros colegas do departamento. Acredito que se os meus colegas forem capazes de atingir o nível de conhecimentos por mim adquiridos no RTC, as nossas investigações e as análises que fizermos serão acima da média.

Fale-nos da sua experiência como participante no nosso primeiro curso presencial no RTC desde o surto da Covid-19.

De facto, hesitei  em frequentar o curso, especialmente quando ainda havia a pandemia. No entanto, senti-me bastante confortável quando entrei nas instalações no Dia 1 do curso de  formação. O RTC havia posto em prática medidas de protecção destinadas ao pessoal, instrutores e participantes. Havia sinais em todo o lado a encorajar os participantes a manterem o distanciamento social e a usarem máscaras. Havia também pontos de lavagem das mãos, sistemas de distribuição de produto de higienização de mãos, barreiras plásticas de protecção em salas de aulas,  etc. Além disso, o RTC assegurou que todos os participantes fossem testados no início e no final do curso. Estes protocolos de saúde e segurança serviram para assegurar que os cursistas poderiam participar activamente nas sessões do curso. Desejo elogiar o Director e o pessoal do RTC por terem posto em prática todas estas medidas de segurança para tornar o curso BICEP um sucesso.

Está interessado em aparecer no nosso próximo boletim informativo? Escreva-nos para ˂info@westafricartc.org>. Gostaríamos muito de saber a sua opinião sobre os cursos de formação que frequentou no RTC e a forma como faz uso daquilo que aprendeu.