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Sra. Fifame

Sra. Fifame

Ministério da Justiça

Durante o Curso sobre Cooperação Interinstitucional em Investigações Financeiras (IACFI), que foi ministrado no RTC, conversámos com a Sra. Fifame, do Benim. Ela trabalha na área da justiça criminal há 6 anos, desempenhando as funções de delegada do Ministério da Justiça. A conversa travada foi por via da rede WhatsApp. A Sra. Fifame sentiu-se feliz por partilhar os benefícios que colheu durante o curso que frequentou em Março de 2020. Desfrute da leitura!

Quais os principais benefícios que colheu do curso sobre Cooperação Interinstitucional?

O curso foi bastante educativo. Aprendi sobre a importância da pesquisa e recolha de provas no âmbito de investigações financeiras. O curso ajudou-me a compreender a necessidade de os investigadores de crimes financeiros colherem provas sempre que for necessário, mesmo de outras agências a fim de garantir que a instauração de processos-crime seja coroada de êxito. Além disso, aprendi sobre a técnica de delito/infracção. Trata-se de uma das melhores e mais eficazes técnicas de investigação que podem ser usadas para se reunirem provas contra um transgressor. Também passei a fazer uma melhor avaliação da forma como as moedas virtuais são usadas como instrumentos de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo. Os investigadores de casos de fraude envolvendo moeda virtual não devem esquecer a utilidade da cooperação e colaboração com as partes interessadas relevantes como forma de levar os infractores a juízo.

Você teve a oportunidade de partilhar com os seus colegas os conhecimentos adquiridos no RTC? Em caso afirmativo, como é que eles reagiram?

Tive a oportunidade de partilhar as experiências e conhecimentos adquiridos no RTC com alguns dos meus colegas do Tribunal para a Repressão de Crimes Económicos e Terrorismo (CRIET) e vários agentes policiais ligados à área financeira. Mantive discussões sobre esta questão com um juiz de instrução que se interessa muito sobre assuntos relacionados com a moeda virtual e a criptomoeda.

 Concorda de que existe a necessidade de se realçar a colaboração entre agências no combate ao crime?

Sim. A utilidade da cooperação entre agências tendo em vista investigações eficazes não pode ser subestimada. Afigura-se importante mostrar a qualidade do trabalho judicial realizado. Este, um padrão exigido pelo Destacamento Especial de Acção Financeira (FATF). O FATF, do qual o Benim faz parte, exige a colaboração entre agências de investigação como forma de garantir a eficácia da luta contra o crime nacional e transnacional.

Antes de frequentar o curso sobre IACFI ministrado no RTC, quais os desafios com que deparava no âmbito do trabalho com outras agências policiais?

As nossas principais dificuldades como agentes responsáveis pela aplicação da lei e profissionais de justiça criminal do Benim, no que se refere à execução da política penal do governo sobre crimes financeiros, incluem a falta da necessária diligência ou de conhecimentos quando se efectuam requisições (bancárias, telefónicas e outras). No entanto, a colaboração entre agências no Benim reduziu significativamente tais dificuldades. Agora, as agências são capazes de trabalhar em conjunto e de forma ininterrupta no âmbito de investigações em curso.

Concorda que os conhecimentos adquiridos no RTC vão ajudá-la a enfrentar esses desafios?

O curso sobre Cooperação Interinstitucional não apenas melhorou os meus conhecimentos em termos de investigação financeira, dotando-me de outros meios de pesquisa e recolha de provas, como também capacitou-me na esfera profissional, mormente a da justiça criminal. Agradeço ao RTC e aos vários parceiros a oportunidade que me concederam para integrar o curso de formação. Obrigada.

Obrigado, Sra. Fifame, por partilhar estas informações úteis com a comunidade de ex-alunos. Esperamos que outros se sintam inspirados, podendo assim partilhar pontos de vista com o RTC. Não hesite em entrar em contacto connosco através do seguinte endereço: info@westafricartc.org