Entrevista com a nossa Oficial de Programas

Sente curiosidade em saber do RTC e do nosso rumo estratégico? Boas notícias! O ano passado, recebemos uma visita do INL. Apresentaram-nos a Sra. Mitchell – a nova Oficial de Programas do RTC. Ela teve a amabilidade de responder a muitas das perguntas frequentemente feitas pela nossa comunidade de ex-alunos. Esperamos que os leitores passem a ter uma melhor compreensão, reconhecendo o valor do programa RTC. Apreciem a leitura!

Poderia em breves palavras dizer-nos quem é a nova Oficial de Programas do RTC?

Chamo-me Kayleigh Mitchell e sou oficial de programas do Centro de Formação Regional (RTC). Faço parte do escritório de programas em Washington, DC, que supervisiona as seis academias da ILEA a nível mundial, incluindo o RTC. No âmbito das minhas responsabilidades, trabalho com o director Lampley na definição de prioridades estratégicas e de formação do RTC, garantindo que estejam em sintonia com a rede ILEA a nível mundial e que sejam coroadas de êxito no que se refere à ajuda a prestar aos nossos parceiros empenhados no combate ao crime organizado transnacional. O director Lampley e eu sentimo-nos orgulhosos pelo facto de ex-alunos do RTC integrarem uma rede de mais de 77 000 pessoas provenientes das seis academias. O escritório de programas centra as suas actividades na forma de dar continuidade à construção dessa rede e de ajudar os participantes a tirarem partido dela como ferramenta no contexto dos casos com que lidam e das respectivas carreiras.

A par da definição de estratégias para o programa ILEA, o nosso escritório trabalha em estreita colaboração com as agências norte-americanas responsáveis pela aplicação da lei com vista a garantir que os cursos satisfaçam as necessidades dos nossos participantes oriundos da África Ocidental e de outras partes do mundo. Somos o ponto central de coordenação do programa, Congregamos partes interessadas em embaixadas, agências federais responsáveis pela aplicação da lei dos Estados Unidos e em nações parceiras com vista a garantir que a ILEA esteja na vanguarda da luta contra o crime organizado transnacional e a dotar os agentes em várias partes do mundo de uma plataforma coordenadora.

O nosso escritório trabalha ainda no sentido de garantir que o conteúdo dos programas corresponda às responsabilidades profissionais dos nossos participantes. Cada oficial do programa acompanha a evolução de situações actuais e reúne-se com as partes interessadas a fim de garantir que a formação prestada pela ILEA esteja na vanguarda das técnicas de combate a tipos específicos de crime organizado transnacional. Eu trato de questões relacionadas com o tráfico envolvendo pessoas (TIP), combate ao tráfico de fauna bravia e crimes ambientais. Nesta qualidade, trabalho em estreita colaboração com o Departamento de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos (ICE) na elaboração do programa TIP, com os Serviços de Pesca e Fauna Bravia dos Estados Unidos e com a Divisão de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Departamento de Justiça norte-americano no que se refere à forma de lidar com questões ambientais. O meu trabalho com essas agências visa detectar novas situações que necessitam de ser abordadas e coordenadas e assim garantir que a formação prestada pela ILEA complementa outras iniciativas nessas áreas.

Poderia em breves palavras falar sobre o objectivo global do sistema IGN e os benefícios que ele oferece à comunidade de ex-alunos?

Embora o programa ILEA ofereça cursos de formação aos nossos homólogos em diversas partes do mundo, a missão mais importante do programa é a de proporcionar um espaço para que os participantes passem a conhecer os seus colegas a nível regional e os que estão ao serviço da comunidade norte-americana responsável pela aplicação da lei. Por intermédio do IGN, pretendemos garantir que o tempo despendido por alguém que frequente um curso no RTC seja apenas o começo da sua experiência e desenvolvimento profissional junto do ILEA. O RTC é uma plataforma de coordenação de casos que envolvem o crime organizado transnacional, a troca de experiências e um recurso para que nossos ex-alunos continuem a aprender e a melhorar os conhecimentos adquiridos.  A Rede Global da ILEA (IGN) é fundamental para a materialização desses objectivos. O IGN ajudará a estabelecer ligações de ex-alunos com colegas e instrutores, mesmo depois de concluído um curso de formação. Mercê do envolvimento contínuo com ex-alunos, poderemos medir o impacto dos cursos de formação no desenvolvimento profissional desses alunos e de forma mais ampla a nível das respectivas organizações. O IGN proporciona às pessoas formadas na ILEA um recurso permanente no âmbito do trabalho operacional que levam a cabo e do desenvolvimento profissional, permitindo que contactem colegas e assessores. A participação em cursos ministrados pelas academias ILEA é uma forma de pôr um agente em contacto com uma rede mundial de elite com mais de 77 000 ex-alunos em 100 países.

 

Ao entrarmos em 2020, o que é que os participantes e ex-alunos devem esperar do escritório de programas?

Continuarei a trabalhar em estreita colaboração com o director Lampley para manter o RTC num ambiente dinâmico, participando de forma criativa em novas iniciativas de formação, expandindo ao mesmo tempo a excepcional capacidade de alcance do RTC. Andamos sempre à procura de formas de tornar fácil os aspectos de convívio do programa dado que o valor dos nossos ex-alunos é incalculável. Consideramos uma variedade de ferramentas para tornar a ligação com os colegas ainda mais fácil, uma vez concluídos os cursos de formação, o que inclui a introdução do Portal Electrónico de Ex-Alunos IGN. O Portal dotará  os ex-alunos da ILEA de mais conteúdos. Também estamos a considerar formas de estabelecer ligações com os nossos ex-alunos que permaneceram ligados ao programa ou que participaram em cursos de formação ILEA Roswell de nível executivo com vista a prestar orientações. Um modelo para a concretização deste objectivo seria o Curso sobre Liderança para Mulheres no Sector da Aplicação da Lei. O curso congrega um grupo de mulheres em posição de chefia na área da aplicação da lei na África Ocidental, as quais  comentam sobre a experiencia adquirida e fornecem respostas a questões levantadas pelos futuros líderes. Por fim, gostaríamos de aumentar o número de eventos relacionados com ex-alunos da ILEA. Tais eventos permitem uma maior ligação com colegas dos vários países.

 

Muito obrigado, Sra. Mitchell. Esperamos que mensagens como esta ajudem os alunos a entender o papel que desempenham no cumprimento dos objectivos do programa RTC. A segunda parte desta entrevista será publicada na edição de Março do nosso boletim.